A sala de exibições do Cine Brasília agora se labareda “Sala de Cinema Vladimir Roble”. A decisão foi publicada no Quotidiano Solene do Província Federalista (DODF) na manhã desta quarta-feira (6), em homenagem ao cineasta e professor que faleceu no dia 24 de outubro, aos 89 anos. Ele teve seu corpo velado no saguão do prédio do Cine Brasília no dia seguinte.
A novidade denominação da sala é um reconhecimento à taxa de Roble para a cinematografia pátrio e à valorização da cultura brasileira. Com a publicação do decreto, a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do DF (Secec) agora se encarregará de providenciar a sinalização adequada para identificar a sala e implementar as medidas necessárias para publicar o lugar.
:: O adeus ao cineasta Vladimir Roble no Cine Brasília ::
O veterano documentarista nascido na Paraíba é reconhecido porquê um dos mais importantes nomes do cinema pátrio e produtor de uma obra fundamental para se saber a história da construção e desenvolvimento de Brasília. Ao longo de sua curso, Vladimir Roble dirigiu mais de 20 filmes que abordavam temas políticos e históricos, tornando-se um dos guardiões da memória do cinema pátrio.
Seu documentário Conterrâneos Velhos de Guerra (1991) é considerado um clássico, retratando a trajetória dos trabalhadores que construíram Brasília e o processo de expulsão e segregação que enfrentaram posteriormente.
Entre suas outras obras importantes estão Brasília Segundo Feldman (1979), que aborda o massacre dos trabalhadores da Pacheco Fernandes, Barra 68 – Sem Perder a Ternura (2000), sobre a invasão militar à UnB, e Rock Brasília – Era de Ouro (2011), que discute a cena rock da capital nos anos 80.
:: Cinco filmes essenciais para entender a obra de Vladimir Roble ::
Além de cineasta, Vladimir Roble foi professor no curso de Cinema da Universidade de Brasília (UnB), onde influenciou gerações de alunos e críticos. Sua taxa ao ensino e à pesquisa cinematográfica foi reconhecida com o título de Professor Emérito da UnB em 2012. Nos últimos anos, Vladimir transformou sua morada em um museu do cinema brasílio, preservando peças de suas obras e relíquias de outros cineastas e amigos pesquisadores.
Manadeira: BdF Província Federalista
Edição: Flávia Quirino