O Brasil, segundo informações do Poder360, decidiu não invitar a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) para a Cúpula do G20 de 2024, que ocorrerá no Rio de Janeiro em 18 e 19 de novembro. A recusa marca a primeira vez que a OCDE foi excluída do evento desde sua geração, em 2008. A OCDE havia solicitado formalmente que o secretário-geral da organização, Mathias Cormann, fosse convidado para participar da cúpula, mas o governo brasiliano ignorou esse pedido, conforme a reportagem.
A OCDE, com sede em Paris, foi originalmente formada para promover a reconstrução da Europa pós-Segunda Guerra Mundial e, embora tenha se expandido para incluir países em desenvolvimento, ainda é dominada por países europeus. O ato do Brasil foi considerado deselegante por esses países, já que a organização é tradicionalmente uma presença importante nas cúpulas do G20.
O Comitê de Relações Exteriores da OCDE, em uma reunião recente, discutiu o ponto e confirmou que houve esforços diplomáticos para incluir Cormann no evento, mas esses esforços não foram atendidos. Aliás, o governo da Rússia também manifestou pedestal à teoria de expulsar qualquer referência à OCDE nos documentos produzidos durante a presidência do Brasil no G20.
No entanto, a África do Sul, que assumirá a presidência do G20 a partir de 1º de dezembro de 2024, já garantiu que a OCDE será convidada para todas as reuniões do grupo, incluindo a cúpula de 2025, em Joanesburgo.
O Brasil já havia demonstrado durante sua presidência no G20 uma redução no foco e no peso da OCDE nas discussões, sobretudo nas áreas que não envolvem finanças.