Um atentado a explosivo neste sábado (9), em uma estação de trem na cidade de Quetta, no sudoeste do Paquistão, matou ao menos 27 pessoas e feriu outras 62. Entre os mortos, 16 eram soldados. Um grupo que defende a separação da província de Baluchistão, o Tropa de Libertação Balúchi, assumiu a autoria do ataque, registrado por câmeras de segurança.
O conflito interno entre o governo sediado na capital Islamabad e milícias separatistas, das quais esta é a maior, já dura décadas. O Tropa de Libertação Balúchi acusa o governo paquistanês de explorar de forma injusta as reservas de gás e minérios da região.
A província de Baluchistão tem 15 milhões de habitantes e é uma das mais pobres do país. A dimensão faz fronteira com o Afeganistão ao setentrião e com o Irã ao oeste.
De conciliação com informações da sucursal Reuters, o superintendente da polícia do Baluchistão, Mouzzam Jah Ansari, confirmou que os alvos principais da explosão eram os militares de uma unidade do Tropa paquistanês. Depois de passar por um treinamento na escola de infantaria, eles retornavam para a região de Punjab.
Inicialmente, as autoridades levantaram a possibilidade de a explosivo ter explodido de uma mala deixada na estação. Agora consideram provável que tenha sido um atentado suicida de um homem-bomba, mas as investigações seguem em curso.
O primeiro-ministro do Paquistão, Shehbaz Sharif, declarou que os responsáveis pelo ataque “pagarão um preço cimalha”.
Edição: Martina Medina