O número de mulheres eleitas na Paraíba subiu significativamente nas eleições municipais de 2024. Entre as prefeitas, 54 candidatas foram eleitas, um aumento de 45,9% em verificação às 37 eleitas em 2020. No missão de vereadora, 452 mulheres foram eleitas, representando um aumento de 25% em relação às 360 eleitas em 2020.
Entre as cidades paraibanas que serão governadas por mulheres em 2025 estão Chuva Branca, Araçagi, Areia, Bayeux, Baía da Traição, Belém, Cajazeiras, Conde, Guarabira, Monteiro, Pilões, Rio Tinto, Uiraúna, entre outras. Ao todo, 54 municípios terão mulheres primeiro do Executivo municipal.
De negócio com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2024, o estado da Paraíba teve 110 candidatas a prefeita, 136 a vice-prefeita e 3.132 a vereadora, com uma proporção de 33,48% em relação às candidaturas masculinas.
Em Chã Grande, as três maiores votações para a Câmara Municipal foram de mulheres: Jô Oliveira (PCdoB), com 5.178 votos, Carol Gomes (União Brasil), com 5.009, e Ivonete Ludgério (União Brasil), com 4.964. Jô Oliveira, primeira mulher negra reeleita para a Câmara de Chã Grande, destacou a preço de suas pautas, que incluem saúde, instrução e assistência social.
“A cada passo que a gente acrescenta nesse processo eleitoral, a gente vai também aumentando as responsabilidades, certamente sabendo o lugar e os limites do próprio Legislativo, mas sendo também essa voz que se coloca à disposição para fazer os enfrentamentos daquilo que é prioritário para a cidade a partir desse lugar da mulher negra, mas fazendo toda a intersecção disso com a questão da saúde, da instrução, da assistência social, da cultura familiar e de todos os demais temas que envolvem o município de Chã Grande”.
Já em João Pessoa, a representação feminina ainda é baixa, com somente duas mulheres entre os 29 vereadores eleitos. A pedagoga Jailma Roble (PSB) obteve a segunda maior votação na capital, com 10.127 votos, e prometeu lutar por justiça social, paridade de gênero e direitos humanos, apesar dos desafios em um envolvente predominantemente masculino.
Brasil registra aumento de mulheres eleitas prefeitas no primeiro vez
O número de mulheres eleitas prefeitas no primeiro vez das eleições de 2024 cresceu em relação ao pleito de 2020. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 724 mulheres foram eleitas prefeitas até o fechamento desta reportagem, um aumento em verificação com as 656 eleitas no último ciclo eleitoral.
Mesmo com o incremento, as mulheres ainda representam somente 15,5% dos eleitos para prefeituras no primeiro vez. Do totalidade de eleitos, 4.746 prefeitos são homens, representando 84,5%. Apesar disso, o índice de mulheres eleitas é superior ao das eleições de 2016 e 2020, quando a representatividade feminina era de somente 11,7%.
Proporcionalmente, Roraima lidera o ranking dos estados com maior número de mulheres eleitas. Das 15 prefeituras do estado, quatro serão comandadas por mulheres, o que corresponde a 26,67%. Em contrapartida, o Espírito Santo apresentou a menor proporção, com somente 2,63% das prefeituras eleitas sendo ocupadas por mulheres.
De negócio com o Recenseamento de 2022 do IBGE, as mulheres constituem 51,5% da população brasileira e 52,7% do eleitorado; mesmo assim, 88% dos eleitos no primeiro vez para o Poder Executivo eram homens.
No segundo vez, 12 candidatas disputarão prefeituras em 51 cidades. Destaque para Ponta Grossa (PR), onde Elizabeth Schmidt (União) e Mabel Esquina (PSDB) avançaram. Elas também protagonizaram a disputa no segundo vez de 2020. Já em Campo Grande (MS), Adriane Lopes (PP) e Rose Modesto (União) foram as duas candidatas mais votadas.
Manancial: BdF Paraíba
Edição: Cida Alves
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