O ex-presidente da Bolívia Evo Morales foi intimado a prestar testemunho na quinta-feira (10) por supostas relações sexuais com uma menor de idade. O pregão foi feito nesta segunda (7) pelo procurador-geral do Ministério Público do país, Juan Lanchipa.
Morales é investigado por tráfico de pessoas e exploração sexual, por supostamente ter tido relações com uma jovem de 15 anos em 2015, com quem teria tido uma filha. Os pais da menor também foram intimados a prestar testemunho.
A investigação contra Morales veio à tona na quarta-feira (2) em seguida a promotora Sandra Gutiérrez denunciar que foi destituída da Procuradoria Departamental de Tarija depois de pedir a prisão do ex-presidente.
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A Procuradoria-Universal do país disse, por sua vez, que a destituição se deveu a inconsistências processuais e anunciou a conformação de uma percentagem de promotores especializados para investigar o caso. A promotora acabou restituída no missão.
A investigação foi colocada em sigilo de Justiça por dez dias, para preservar a menor.
O ex-presidente nega as acusações, e diz que desde que realizou marchas contra o atual governo, quatro processos foram abertos contra ele. Ele disse ainda que o caso que envolve a menor já tinha sido investigado em 2020 e foi arquivado.
“Investigaram e não tem zero. E não vai ter zero, é outra patranha”, disse Morales, em coletiva de prensa. Segundo ele, o caso está sendo usado politicamente para desgastar sua imagem em meio ao conflito político com seu ex-aliado e atual presidente da Bolívia, Luis Arce.
Créditos (Imagem de capote): O ex-presidente boliviano Evo Morales. Foto: Bertand Langlois/AFP
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