Texto atualizado às 22h52
A disputa para a prefeitura de São Paulo terá segundo vez entre os candidatos Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (Psol). A definição foi confirmada por volta das 21h. Com mais de 99% das urnas apuradas, Nunes contabilizou 29,48% dos votos válidos. O candidato do Psol ficou em segundo lugar com 29,07% da preferência dos eleitores.
O ex-coach Pablo Marçal deixou a disputa para o segundo vez indefinida na maior secção da apuração, mas, com 28,14% dos votos válidos, não avançou na corrida para a prefeitura de São Paulo.
Com o cenário eleitoral já definido, Tabata Amaral (PSB) tinha 9,91%; José Luiz Datena (PSDB), 1,84%; Marina Helena (Novo), 1,38%; Ricardo Senese (UP), 0,09%; Altino Prazeres (PSTU), 0,05%; e João Pimenta (PCO), 0,02%;
Suporte de Tabata
Depois a confirmação do resultado, a candidata Tabata Amaral (PSB), que obteve 9,91% dos votos, declarou base ao candidato psolista.
“Eu vou votar em Guilherme Boulos [no segundo turno]. Porque eu não consigo e não conseguiria nunca colocar o meu voto em um projeto liderado por Ricardo Nunes. Mas saibam, eu e Guilherme Boulos representamos projetos absolutamente diferentes para São Paulo e para o Brasil”, afirmou a deputada federalista.
PSDB recomenda voto em Nunes
O PSDB, partido de José Luiz Datena, recomendou voto em Nunes do segundo vez. “O PSDB rejeita os extremos e a radicalização. Em São Paulo, o partido recomendará o voto em Ricardo Nunes, do MDB, no segundo vez, contra o lulopetismo por uma questão de conformidade ideológica histórica”, informou em nota.
José Luiz Datena, candidato do partido na disputa, obteve 1,83% dos votos válidos, e terminou a eleição em quinto lugar.
Maior exposição
No segundo vez em São Paulo, o eleitorado terá que escolher entre projetos políticos antagônicos: Nunes desempenado à extrema-direita de Jair Bolsonaro (PL) e Boulos à esquerda, com base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Até 27 de outubro, quando os eleitores irão novamente às urnas, os candidatos terão tempo igual de exposição em emissoras de rádio e televisão e também terão oportunidade de confrontar ideias e propostas diretamente.
O psolista possui mais experiência nesse enfrentamento eleitoral para o Executivo. Apesar de não ter ganhado em 2020, na disputa com Bruno Covas (PSDB), Boulos acumula experiências em campanhas majoritárias, inclusive à Presidência da República em 2018. Na campanha para prefeitura, em 2020, Boulos alcançou pouco mais de 40% dos votos válidos no segundo vez. Em 2022, para deputado federalista, ele foi o mais votado no estado, com 1 milhão de votos.
Já Nunes nunca disputou uma eleição para o Executivo uma vez que cabeça de placa. Ele era vice-prefeito de São Paulo e assumiu o incumbência em seguida cinco meses do início do procuração de Covas, que morreu, em 2021 em decorrência de um cancro no sistema estomacal. De 2012 a 2020, o emedebista ocupou uma vaga na Câmara de Vereadores. Nunes é proprietário de uma empresa de dedetização e controle de pragas, a Nikkey.
Durante o primeiro vez, Nunes esteve envolvido em discussões públicas acaloradas com Pablo Marçal, mormente quando era questionado sobre o interrogatório chamado de “máfia das creches”, que investiga desvios em contratos com Associação Camarada da Garoto e do Juvenil (Acria). A suspeita da Polícia Federalista é que Nunes tenha recebido repasses ilegais por meio de uma empresa “noteira” – que emite notas sem prestar serviços – que cuidava da contabilidade de algumas organizações sociais conveniadas pela prefeitura para reger creches. O tema deve se manter no debate eleitoral.
Guilherme Boulos, que é professor de formação e integra a coordenação vernáculo do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), exerce procuração uma vez que deputado federalista. Ele terá que provar ao paulistano a capacidade de gerir a maior metrópole do Brasil, que além de ter o maior orçamento, tem desafios que refletem o seu tamanho.
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