No debate para a prefeitura de Porto Contente, organizado pela rádio Gaúcha e pelo jornal Zero Hora, a candidata do PT, Maria do Rosário, evitou responder diretamente a uma pergunta sobre a legitimidade da reeleição de Nicolás Maduro, levantada pelo candidato do Novo, Felipe Camozzato.
Maria do Rosário declarou: “Defendo a democracia, mas não quero entrar nesse debate.
Estou focada na cidade. Inclusive, sustentei uma Percentagem da Verdade contra uma Ditadura.” Camozzato, em sua réplica, criticou a postura de Maria do Rosário, afirmando que a candidata não consegue sentenciar a ditadura de Maduro, assim uma vez que não condena as ditaduras cubana ou nicaraguense.
Ele acusou a petista de relativismo ordenado e questionou seu compromisso com a democracia: “O PT sequer reconheceu que houve um golpe na Venezuela e uma eleição fraudada, mas critica o ‘golpe’ do oito de janeiro. Tutelar a democracia exige mais do que exposição; é necessário passar à prática.”
Esse confronto ressalta a dificuldade que alguns políticos têm em se posicionar claramente contra regimes autoritários aliados ideologicamente, enquanto são rápidos em criticar ações similares quando não alinhadas com seus interesses.
A recusa de Maria do Rosário em sentenciar explicitamente a ditadura de Maduro reflete uma inconsistência frequente em setores da esquerda, que muitas vezes priorizam a resguardo de aliados ideológicos em detrimento de um compromisso mais espaçoso com os princípios democráticos.
Felipe Camozzato, ao primar essa incoerência, procura enfatizar a prestígio de um posicionamento firme e consistente em resguardo da democracia, independente de conveniências políticas ou alinhamentos ideológicos.
A atitude de Maria do Rosário pode ser vista uma vez que um revérbero da postura do PT, que frequentemente evita críticas diretas a regimes autoritários de esquerda, enquanto mantém uma retórica potente contra supostos ataques à democracia quando esses são alinhados a interesses opostos.
Direita Online
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