O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama, Janja Silva, recepcionaram, na Base Aérea de Guarulhos (SP), na manhã deste domingo (6), as 228 pessoas foram repatriadas do Líbano posteriormente o início dos ataques de Israel ao país, no termo do mês de setembro, entre as quais, 10 crianças e duas cidadãs do Uruguai.
“Muitos já são brasileiros que estavam lá, mas aqueles que vieram para cá porque têm parente cá, sintam-se brasileiros e brasileiras, porque nós somos um país de um coração muito generoso, e nós sabemos a valimento que o povo sarraceno tem pela cultura estabelecida no mundo inteiro”, declarou o presidente da República, que ainda se comprometeu com a perpetuidade da operação de repatriação.
“Enquanto tiver um companheiro, seja brasiliano eu parente de brasiliano, lá no Líbano, e quiser vir para o Brasil, a gente vai buscar ele, porque nós não deixaremos ninguém para trás”, disse Lula. “Que vocês encontrem cá no Brasil a felicidade que tiraram de vocês no Líbano”, completou o encarregado do Executivo.
A primeira-dama Janja Silva deu as boas-vindas ao grupo e disse estar com o “coração apertado” pelas pessoas que ainda permanecem na zona de conflito. “Eu queria deixar cá o meu carinho privativo para todas as mulheres e as crianças que hoje chegam ao Brasil e expressar que o nosso coração também está com as mulheres e as crianças que ficaram lá”, disse Janja. “E expressar uma mensagem para os homens do mundo: por obséquio, parem de matar nossas mulheres e crianças! Parem com essa guerra! O mundo precisa de sossego, nós não precisamos de bombas e de mais mortes”, declarou.
“Estou indo para a minha mansão”, resumiu Mariam Sadek à equipe de prensa do Palácio do Planalto. “Muito gratos ao governo brasiliano, que sempre está cuidando dos seus cidadãos”, afirmou, emocionada, Raghida Hammout.
A aeroplano KC-30, da Força Aérea Brasileira (FAB) chegou a Beirute às 11h22 deste sábado (5), horário de Brasília, e levou muro de três horas para fazer o embarque e decolar rumo a Lisboa, em Portugal, onde fez uma graduação antes de voltar ao Brasil.
Protecção
Na chegada a São Paulo, o grupo de repatriados foi recebida por um grupo de 35 profissionais dos ministérios da Justiça e Segurança Pública, da Saúde, dos Direitos Humanos, das Relações Exteriores e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Miséria, em uma megaoperação de guarida organizada pelo governo federalista. Servidores da Polícia Federalista, da Anvisa e da Receita Federalista foram designados para facilitar o processo de imigração. Também foram destacados 15 integrantes da Força Pátrio do SUS para a atualização de vacinas e atendimento médico emergencial.
Segundo informações da Presidência da República, “uma força-tarefa entre MRE e Justiça vai indicar locais de estadia e orientações sobre locomoção dentro do território pátrio”. O Planalto informou ainda que o Ministério do Desenvolvimento Social disponibilizou uma equipe de assistentes sociais para os casos em que a família não tenha mais vínculos definidos no Brasil. A pasta ainda avalia o entrada dessas famílias ao Cadastro Único e a programas sociais uma vez que o Bolsa Família.
O voo deste domingo faz segmento da primeira período da Operação Raízes do Cedro, do governo federalista, de repatriação de brasileiros. A expectativa é que sejam feitas duas viagens com muro de 500 passageiros por semana, até retirar os muro de 3 milénio brasileiros que manifestaram interesse em voltar ao Brasil, diante da escalada das agressões de Israel ao território libanês.
O Itamaraty estima que muro de 21 milénio brasileiros vivam no Líbano, principalmente nas regiões do Vale do Bekaa e no sul de Beirute. A mesma aeroplano que pousou em São Paulo retornará ainda neste domingo a Lisboa para esperar a autorização para uma novidade leva de repatriações.
Segundo o Itamaraty, os critérios para a priorização dos passageiros são, em primeiro lugar, brasileiros não residentes no Líbano, que estavam a passeio, depois os residentes. Também serão levadas em conta as categorias prioritárias estabelecidas por lei, uma vez que crianças, idosos, gestantes e pessoas com deficiência ou enfermos. O Itamaraty informou ainda que também será observado o critério econômico, ou seja, aquelas pessoas que possam transpor do país com recursos próprios deverão fazê-lo.
Escalada das agressões israelenses
O conflito na região se agravou posteriormente a operação do grupo Hamas contra Israel no dia 7 de outubro de 2023, em resposta à permanente agressão israelense contra palestinos na Tira de Gaza e na Cisjordânia. Desde logo, as forças de Israel realizam operações contra Gaza e ao Setentrião, contra o grupo Hezbolah, coligado do Hamas no Líbano.
No último dia 30 de setembro, as forças israelenses realizaram um ataque de grandes proporções ao território libanês, escalando ainda mais o conflito. Com o pretexto de varar membros do grupo Hezbolah, as forças israelenses assassinaram mais de 2 milénio civis desde 30 de setembro, segundo o governo libanês. Em Gaza, o número de mortos passa dos 40 milénio, dentre os quais, mais de 14 milénio crianças.
Na recepção aos repatriados, neste domingo, Lula reafirmou a posição brasileira contra a escalada das agressões. “Vocês sabem que nós tivemos uma posição muito dura contra o massacre do Hamas a Tel Aviv. Mas nós temos uma posição muito dura contra o comportamento do governo de Israel, matando inocentes, matando mulheres, matando crianças, sem nenhum reverência pela vida humana. A forma que o presidente de Israel, o [Benjamin] Netanyahu, encontrou para permanecer no poder é se vingar dos palestinos e agora de Beirute”, criticou.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil já condenou as operações de Israel no Líbano. Em nota, o Itamaraty disse que o governo brasiliano acompanha com preocupação a realização de operações militares terrestres do tropa de Israel no sul do país, “em violação ao recta internacional, à Epístola da ONU e a resoluções do Juízo de Segurança”.
“Ao reafirmar a resguardo do pleno reverência à soberania e à integridade territorial do Líbano, o Brasil insta Israel a interromper imediatamente as incursões terrestres e os ataques aéreos a zonas civis densamente povoadas naquele país. O governo brasiliano renova, ainda, apelo a todas as partes envolvidas para que exerçam máxima contenção e para que alcancem, com a máxima urgência, cessar-fogo permanente e abrangente”, disse o transmitido do Itamaraty.
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