São Paulo — O candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, admitiu, neste sábado (5/10), ser camarada do possessor da clínica responsável pelo falso receituário médico contra o opoente Guilherme Boulos (PSol).
Durante estirão na zona leste de São Paulo, Marçal confirmou a relação com Luiz Teixeira da Silva Junior, possessor da clínica Mais Consultas, localizada no Jabaquara, bairro da zona sul da capital paulista.
O influencer também disse que conversou com Teixeira, mas se eximiu de responsabilidade sobre a verdade do documento médico falso.
“Quem emitiu é que tem falar. Eu só publiquei. Não tenho relação com o laudo”, afirmou o influencer em entrevista coletiva.
O juiz Rodrigo Marzola Colombini, da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo, concedeu, também nesta manhã, uma liminar determinando a exclusão de posts publicados no Instagram, TikTok e Youtube.
A oftamologista Aline Garcia Souza, filha de José Roberto de Souza, médico que consta uma vez que o responsável pelo laudo falso contra Boulos afirma que a assinatura atribuída ao pai no documento é falsa.
“Eu era muito ligada ao meu pai e ele sempre fez a mesma assinatura para tudo. Sempre era assinatura, e nunca fazia visto. Sempre assinou igual nos documentos dele, a vida inteira. E eu sempre gostei muito da assinatura, e até com a perda eu quis registrar essa assinatura em uma tatuagem na região da costela. Fiz ano pretérito, um ano em seguida a morte. A assinatura é completamente dissemelhante da dele”.
Entenda
O candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSol, Guilherme Boulos, pediu a prisão do influencer Pablo Marçal (PRTB) em seguida o opoente vulgarizar, na noite dessa sexta-feira (4/10), um suposto receituário médico com a informação de que o psolista teria sido internado por uso de cocaína.
No post do influencer aparecia um prontuário da clínica Mais Consultas constando que Boulos teria sido atendido em 2021 na unidade, localizada no Jabaquara (zona sul de SP), em surto psicótico causado por presença da droga no sangue.
Na decisão, o juiz eleitoral deferiu o pedido em secção. Ele determinou a exclusão do teor das contas solicitadas, mas não pediu uma novidade derrubada do perfil de Marçal.
“No entanto, incabível a almejada suspensão liminar de todas as redes sociais do requerido Pablo Marçal (…) em período processual ainda inicial e em sede de representação por propaganda irregular”, diz o documento.
A postagem já havia sido removida das redes sociais do candidato na noite desta sexta-feira (4). Guilherme Boulos afirmou que pediu a prisão do concorrente à prefeitura da capital paulista.
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