O dossiê Os Gigantes, publicado pelo observatório De Olho nos Ruralistas nesta quinta-feira (5), reúne dados sobre os século maiores municípios brasileiros em extensão, que somam 37% do território vernáculo. Essas cidades concentram 38,4% do desmatamento registrado no país de janeiro de 2021 e julho de 2024. O documento foi lançado em evento no Arrecadação do Campo, em São Paulo (SP), e reuniu organizadores do relatório e especialistas.
Além de dados do Instituto Brasílio de Geografia e Estatística (IBGE) sobre população e território, a metodologia considerou informações de fontes porquê Observatório do Clima e do MapBiomas, incluindo emissões de gases de efeito estufa e redução de superfície d’chuva.
Uma vez que exemplo do cenário preocupando revelado pelo intercepção de dados, Carolina Bataier, repórter do Brasil de Indumentária e responsável pela segmento ambiental do estudo, destaca Corumbá (MS), no Pantanal. O município lidera a perda de superfície d’chuva nos municípios brasileiros, ou seja, tem a maior quantidade de rios e lagos secando no país.
“Existe uma comunidade onde o principal meio de locomoção das pessoas era, até 2018, paquete, e, agora, elas estão usando trator”, conta. “E esse município também está entre os que mais emitem gases de efeito estufa e, não por possibilidade, tem um dos maiores rebanhos bovinos do país.”
Os século municípios também estão na rota dos grandes projetos de infraestrutura agro-minero-exportadora, dentro da lógica de expansão conectada com os mercados internacionais. Ainda assim, não são incluídos no debate político vernáculo, que segue focado em grandes cidades.
Segundo Bruno Bassi, coordenador de pesquisa do De Olho nos Ruralistas, o relatório propõe pautar o tema ambiental nessas eleições para além dos grandes centros urbanos do país. “Quase todos os municípios estão inseridos na Amazônia permitido, com exceção do Mato Grosso do Sul e da Bahia”, diz.
“O relatório tem esse objetivo de mostrar que as eleições municipais têm um caráter vernáculo e global muito importante”, diz Bruno, acrescentando que o projeto tem se conectado aos movimentos populares para que as informações cheguem aos eleitores dos territórios mapeados.
Pautando as políticas públicas
Para Suely Araújo, coordenadora de Políticas Públicas do Observatório do Clima, o intercepção de dados é a principal inovação do documento. A urbanista defende que esse fator contribui não unicamente para estudo da sociedade social, mas também tem o poder de influenciar o planejamento governamental.
“Quando você reúne, faz essa estudo agregada, você começa a poder modular as políticas públicas também com esse olhar confederado”, diz.
O oferecido que mais surpreendeu a perito é que os gigantes possuem oito dos 10 maiores rebanhos bovinos do país, reunindo 4 milhões de pessoas e 30 milhões de cabeças de manada.
“É povoado pelo boi. É uma população tão pequena, um território tão grande, com política tradicional e que a população principal é o boi”, resume. “A gente sabe de tudo isso, mas quando vê tudo isso confederado, choca.”
A perito cita que 48% das nossas emissões no país são fruto de mudança de uso da terreno, principalmente o desmatamento para conversão em pasto.
Em procura de saídas
“A política ambiental do governo atual está indo muito muito em controle do desmatamento, mas a segmento de essa opção pela expansão da produção de petróleo é bastante equivocada”, aponta.
Além da redução das emissões, Suely defende medidas que ajudam no sequestro de carbono, porquê recuperação de vegetação nativa, principalmente nos pastos degradados nos municípios mapeados pelo estudo. “É preciso mudar a forma que se faz pecuária no país. Isso é bastante evidente.”
“O mundo já mudou, mas a gente pode reduzir o intensidade da crise, fazer pelo menos a nossa taxa nesse sentido”, diz, sobre a crise climática ser sentida pela população na pele, em 2023 e 2024, os anos mais quentes registrados.
Entre as consequências estão a redução hídrica no Pantanal, a seca na Amazônia, ondas de calor, incêndios e enchentes cada vez mais devastadoras. “Talvez esses eventos todos levem os eleitores a pensarem um pouquinho em quem estão votando.”
Edição: Thalita Pires
Discussion about this post