Montante foi arrecadado nas 5 primeiras horas posteriormente o presidente expor que estava deixando a corrida eleitoral
A ONG (organização não governamental) ActBlue, que atua pró-candidatos democratas, disse que as doações para a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris (Partido Democrata), chegaram a US$ 27,5 milhões (murado de R$ 152,45 milhões) nas 5 primeiras horas depois de o líder do país, Joe Biden (Partido Democrata), desistir de concorrer à reeleição.
Biden, 81 anos, anunciou no domingo (21.jul.2024) que deixaria a corrida eleitoral. Com isso, Kamala Harris, 59 anos, se posiciona porquê a principal candidata do Partido Democrata para enfrentar o ex-presidente Donald Trump (Partido Republicano), 78 anos.
Nos EUA, é proibido ter doações de empresas para campanhas, porquê ocorre no Brasil. No entanto, o país permite que se abra uma ONG que apoie determinadas causas alinhadas a campanhas. Essas organizações podem remunerar por comerciais na TV e publicidade na mídia em universal –não há, nos Estados Unidos, horário eleitoral gratuito e, por isso, os candidatos precisam comprar os espaços para vulgarizar suas propagandas.
Essas ONGs são chamadas de PACs (political action committees –comitês de ação política, na tradução livre para o português). As maiores, porquê a ActBlue, são consideradas Super PACs. Segundo a Comissão Eleitoral Federal dos EUA, os Super PACs “são comitês que podem receber contribuições ilimitadas de indivíduos, empresas, sindicatos e outros PACs com a finalidade de financiar despesas independentes e outras atividades políticas independentes”.
No X (ex-Twitter), a ActBlue declarou que os doadores “estão energizados e entusiasmados” para estribar Kamala Harris porquê a candidata democrata.
Também no domingo (21.jul), a ActBlue afirmou ter recebido US$ 46,7 milhões (murado de R$ 258,90 milhões) para campanhas de candidatos democratas em universal. Conforme a ONG, é o maior volume de doações em único dia em 2024.
DESISTÊNCIA DE BIDEN
A desistência de Biden já era esperada por muitos analistas e integrantes do Partido Democrata. Desde o fraco desempenho no 1º debate presidencial contra Trump, em 27 de junho, o presidente norte-americano vinha enfrentando crescente pressão de aliados, dentro e fora da legenda, para que desistisse de tentar um 2º procuração na Lar Branca.
O desempenho de Biden no debate foi amplamente criticado, com o presidente dos EUA demonstrando dificuldades em completar pensamentos, gaguejando e se perdendo em diversos momentos.
Desde 30 de junho, ao menos 38 políticos democratas pediram que Biden abandonasse a corrida eleitoral pela Lar Branca. O levantamento é do jornal norte-americano New York Times.
Biden afirmou que o debate foi somente “uma noite ruim”. Não convenceu. Viu seu esteio na corrida presidencial estremecer. Foi cobrado por apoiadores porquê o ator George Clooney e patrocinadores de campanha –para que repensasse sua permanência no pleito.
Importantes nomes democratas se manifestaram pedindo a retirada da candidatura de Biden, dizendo não crer que ele conseguiria derrotar o republicano nas urnas.
Líderes democratas no Congresso, porquê Hakeem Jeffries (Democrata), líder da minoria na Câmara, e Charles Schumer (Democrata), líder da maioria no Senado, conversaram diretamente com Biden na última semana. Eles alertaram sobre as preocupações generalizadas de que sua candidatura poderia prejudicar as chances de controle democrata de qualquer Lar Legislativa no próximo ano.
Os deslizes do presidente norte-americano têm se tornado cada vez mais frequentes. Em 11 de julho, Biden cometeu mais duas gafes, uma em sequência da outra: 1º) chamou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, de “Putin” e 2º) confundiu a vice-presidente Kamala Harris com Trump. A internet ferveu com memes.
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PRÓXIMOS PASSOS
Com a desistência de Biden, os 3.896 delegados democratas que se comprometeram com o encarregado do Executivo nas primárias partidárias podem seguir o libido do presidente. Mas, pela regra, não são obrigados. O presidente norte-americano declarou esteio à sua vice, Kamala Harris.
O Partido Democrata tem 3 rotas possíveis para substituir Biden na corrida eleitoral:
A 1ª delas seria conseguir unanimidade em torno da candidatura de Kamala. A Convenção Pátrio Democrata será realizada de 19 a 22 de agosto de 2024, em Chicago. O partido, porém, havia planejado de forma extraordinário uma votação virtual na 1ª semana de agosto para nomear oficialmente Biden.
Essa votação on-line pode ser adiada ou cancelada, mas, se os líderes democratas conseguirem unidade entre os delegados, a vice-presidente pode ser oficializada porquê candidata.
A 2ª rota seria formar unidade em torno de um outro candidato. Para isso, os democratas poderiam realizar debates entre os que vierem a manifestar interesse pela indicação. O tempo limitado, porém, é um empecilho a esse cenário. Uma votação virtual porquê essa não é generalidade nos Estados Unidos.
Sem a votação virtual, a decisão do partido ficaria para a convenção –a 3ª rota disponível. Esse cenário abre a possibilidade de uma convenção “oportunidade”, ou seja, quando nenhum candidato chega com uma maioria clara de delegados, um pouco que não ocorre com os democratas há 56 anos.
Leia mais sobre o objecto nesta reportagem do Poder360.
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