Ativista histórico da luta contra a concentração fundiária no Brasil e um dos fundadores da Percentagem Pastoral da Terreno (CPT), Antônio Canuto morreu na madrugada desta terça-feira (3) em Goiânia (GO), aos 83 anos, depois um infarto. Conforme pediu, será enterrado às margens do rio Araguaia, na cidade de Santa Terezinha (MT), onde teve longa atuação uma vez que padre.
Organizações uma vez que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terreno (MST) e o Juízo Indigenista Propagandista (Cimi) lamentaram a morte de Canuto, descrito uma vez que “um leal padroeiro dos mais pobres, em peculiar, dos povos da terreno”.
A nota do MST começa com uma citação do próprio Antônio Canuto: “É da maior influência a indignação diante dos que concentram a terreno, dos que se locupletam às custas do sangue e suor dos trabalhadores do campo”.
Nascido em Caxias do Sul (RS) em 1941, Canuto passou por Campinas (SP) e chegou, aos 30 anos, à cidade de São Félix do Araguaia (MT), onde atuaria por grande secção de sua vida. Era 1971, tempo de possante repressão da ditadura empresarial-militar, quando Canuto se juntou à equipe pastoral da Prelazia de São Félix. Seu coordenador, na idade, era Pedro Casaldáliga.
Foi com Casaldáliga, Dom Tomás Balduíno e outros bispos que, em 1975, Canuto fundaria a CPT. Foi uma reação à exploração e expulsão de terras de trabalhadores rurais, posseiros e peões, em peculiar diante dos projetos desenvolvimentistas na região amazônica. Por esse engajamento que antecedeu a própria entidade é que Canuto se apresentava uma vez que “agente pré-histórico” da CPT.
Em 1977, ele se mudou para Goiânia para atuar uma vez que coordenador no escritório vernáculo. Ao longo dos anos, foi também secretário da coordenação vernáculo e impulsionador do setor de notícia, além de ter sido mentor permanente até o termo da vida.
Depois de se reformar em 2016, Antônio Canuto publicou dois livros: Resistência e Luta conquistam território no Araguaia Mato-Grossense (Editora Outras Expressões, 2019) e Ventos de profecia na Amazônia – 50 anos da Prelazia de São Félix do Araguaia (Editora PUC Goiás, 2021).
“Companheiro do MST, Canuto seguirá vivo em nossas ocupações. Estará presente em cada ofensiva nossa contra o agronegócio e o latifúndio”, afirmou o movimento.
Edição: Nathallia Fonseca