A violência eclodiu nas proximidades do prédio da Plenário Vernáculo da Coreia do Sul em seguida o presidente Yoon Suk Yeol anunciar, de maneira surpreendente, a implementação de lei marcial no país. A medida radical gerou protestos de cidadãos enfurecidos, que entraram em confronto com a polícia de choque e forças de segurança.
Em um pronunciamento noturno, Yoon fez uma enunciação chocante, prometendo “proteger a livre República da Coreia das ameaças das forças comunistas da Coreia do Setentrião, erradicar as forças antiestatais pró-Setentrião-coreanas que saqueiam a felicidade do nosso povo e proteger a ordem constitucional”. Durante o exposição, Yoon acusou a oposição de paralisar o governo e comprometer a governança por meio de atividades antiestatais, afirmando que os opositores estavam obstruindo o trabalho do parlamento em procura de impeachment e investigações especiais.
“Sem se importar com o sustento do povo, o partido de oposição paralisou a governança exclusivamente para fins de impeachment, investigações especiais e para proteger seu líder da justiça. Com essa lei marcial, irei reconstruir e proteger a livre República da Coreia, que está caindo na ruinoso vernáculo”, declarou o presidente.
O exposição incendiou os ânimos da população, que saiu às ruas em protesto. Imagens chocantes mostram dezenas de policiais de choque e oficiais armados enfrentando os manifestantes em frente à Plenário Vernáculo, enquanto a noite caía. Helicópteros também foram vistos chegando ao lugar, aterrissando no topo do prédio do parlamento, de onde tropas desembarcaram para iniciar a imposição da lei marcial.
O comandante da lei marcial, Park An-su, emitiu uma enunciação afirmando que “todas as atividades políticas, incluindo as da Plenário Vernáculo, conselhos locais, partidos políticos, e associações políticas, assim uma vez que assembleias e manifestações, estão estritamente proibidas”. Aliás, anunciou que “todos os meios de informação e publicações estarão sob o controle do Comando da Lei Marcial.”
A filial de notícias Yonhap confirmou que, sob as novas regulamentações, os cidadãos podem ser presos sem mandado. Aliás, milhares de médicos que estão em greve há meses devido aos planos do governo de expandir o número de vagas nas faculdades de medicina foram obrigados a retornar ao trabalho em até 48 horas.
A medida surpreendeu a pátria sul-coreana, que, apesar das crescentes tensões com a Coreia do Setentrião, não está envolvida em uma guerra ativa e não sofreu ataques em seu território. Desde que assumiu o missão em 2022, Yoon tem enfrentado dificuldades para implementar sua agenda devido ao parlamento controlado pela oposição, levantando suspeitas de que a imposição súbita da lei marcial possa ser uma jogada política para concentrar mais poder.
A enunciação de Yoon gerou imediata oposição de políticos, incluindo o líder de seu próprio Partido Poder do Povo, Han Dong-hoon, que chamou a decisão de “errada” e prometeu “impedi-la com o povo”. O líder da oposição, Lee Jae-myung, que perdeu para Yoon nas eleições presidenciais de 2022, chamou o pregão de “ilícito e inconstitucional”.
Ainda não está simples por quanto tempo a enunciação de lei marcial de Yoon poderá permanecer em vigor. No entanto, de entendimento com a legislação sul-coreana, a lei marcial pode ser suspensa com um voto de maioria no parlamento, onde o Partido Democrático da oposição possui a maioria.
O presidente da Plenário Vernáculo, Woo Won Shik, em uma enunciação de emergência publicada em seu via no YouTube, convocou todos os legisladores a se reunirem imediatamente na Plenário Vernáculo e pediu para que militares e policiais “permanecessem calmos e mantivessem suas posições”.
A implementação da lei marcial ocorre um dia depois de o Partido Democrático ter apresentado uma proposta de impeachment contra alguns dos principais promotores da Coreia do Sul, em seguida a recente repudiação de uma proposta de orçamento do governo. Na semana passada, os parlamentares da oposição aprovaram um projecto orçamentário reduzido por meio de uma percentagem parlamentar.
A popularidade de Yoon caiu nos últimos meses, mormente depois de ignorar pedidos por investigações independentes sobre escândalos envolvendo sua esposa e altos oficiais, o que gerou duras críticas de seus rivais políticos.
Em seu exposição, Yoon acusou os opositores de trinchar “todos os orçamentos essenciais para as funções principais da pátria, uma vez que o combate aos crimes relacionados às drogas e a manutenção da segurança pública”, e de transformar o país “em um paraíso das drogas e em um estado de caos na segurança pública”.
O presidente também rotulou os opositores, que detêm a maioria dos 300 assentos no parlamento, uma vez que “forças antiestatais que buscam derrubar o regime” e afirmou que sua decisão foi “inevitável”. “Restaurarei a normalidade no país, livrando-nos das forças antiestatais o mais rápido provável”, disse ele.
O Partido Democrático convocou uma reunião de emergência de seus legisladores logo em seguida o pregão de Yoon. A situação política na Coreia do Sul continua a se inutilizar, com incertezas sobre o horizonte do país e sua governança.