Multidões foram às ruas de Seul reivindicar contra o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, na madrugada desta quarta-feira (4) (tarde de terça-feira (3), no Brasil), posteriormente a enunciação da lei marcial, revogada pelo parlamento horas depois. Os manifestantes, concentrados sobretudo nos periferia da Parlamento Vernáculo, pediam o impeachment e a prisão de Yoon.
Centenas de pessoas começaram a se concentrar no Parlamento por volta das 13h de Brasília, segundo imagens exibidas pela TV.
– Detenham Yoon Suk Yeol! – gritavam os sul-coreanos, de congraçamento com relatos de repórteres da AFP. Alguns seguravam cartazes pedindo o impeachment do presidente.
Às 14h30, os protestos aumentaram e se espalharam para as ruas adjacentes de Yeouido, a ilhota no meio de Seul onde o a Parlamento Vernáculo fica. Milhares de pessoas lotaram uma rodovia de oito faixas para pedir que o presidente fosse recluso.
Yoon declarou lei marcial na terça à noite, prometendo expulsar as forças “antiestado” enquanto luta contra uma oposição que controla o parlamento do país e que ele acusa de simpatizar com a Coreia do Setentrião comunista. Uma votação parlamentar bipartidária rejeitou a lei marcial, declarando que era “inválida” e que os legisladores “protegerão a democracia com o povo”, e a medida foi formalmente suspensa por volta das 4h30 durante uma reunião do Gabinete.
A madrugada foi de caos em Seul. Soldados usando capacetes e segurando armas empurraram pessoas que tentaram entrar no prédio da Parlamento Vernáculo. A ingresso do prédio foi bloqueada enquanto o presidente da Parlamento Vernáculo convocava os legisladores a se reunirem para a votação.
Alguns manifestantes brigaram com as tropas antes da votação dos legisladores, mas não houve relatos imediatos de feridos ou grandes danos materiais. Pelo menos uma janela foi quebrada quando as tropas tentaram entrar no prédio da Parlamento. Uma mulher tentou, sem sucesso, tirar um rifle de um dos soldados, enquanto gritava “Você não está envergonhado?”
A Confederação Coreana de Sindicatos, um dos maiores sindicatos e o grupo trabalhista mais militante do país, declarou uma “greve universal indefinida” até “a repúdio do presidente Yoon”. A confederação tem mais de um milhão de membros sindicais, que incluem trabalhadores da risco de montagem da Hyundai Motors. De congraçamento com uma enunciação emitida pelo grupo trabalhista, os membros do sindicato se reunirão no meio de Seul na quarta-feira de manhã para exigir a repúdio de Yoon.
Park Chan-dae, líder do Partido Democrata, de oposição, disse que Yoon Suk Yeol “não pode evitar a arguição de traição” por sua enunciação de lei marcial e pediu que o presidente sul-coreano “renuncie imediatamente”.
Jang Kyung-jin, um corretor imobiliário que mora ao setentrião de Seul, disse que dirigiu uma hora até a Parlamento Vernáculo depois de observar ao exposição do presidente Yoon em mansão.
– Eu pensei, ‘O término chegou’, logo eu saí – ele disse.
E completou.
– O presidente de um país exerceu seu poder pela força, e seu povo saiu para reivindicar contra isso. Temos que removê-lo do poder a partir deste ponto. Ele está em uma posição em que precisa descer – acrescentou Jang.
*AE