Música foi cantada por jogadores posteriormente vitória na Libertadores
Milly Lacombe, colunista do UOL, interpretou a provocação dos jogadores do Botafogo ao Atlético-MG uma vez que misoginia. Quando comemoravam o inédito título de vencedor da Libertadores da América, os jogadores cantaram “no Monumental, o galo virou penosa”, aludindo ao time mineiro.
Para a colunista, “a misoginia é escancarada e passa longe de ser inofensiva”.
“O feminino é sempre menor, desprezível, mais fraco e debochável, é o que a paródia comunica” disse em texto publicado neste domingo (1º) intitulado Foi formosa a sarau, pá, mas teve misoginia sim senhor.
Em sua sátira, Lacombe argumenta que na música improvisada, “penosa” parece sugerir um pouco mais do que unicamente o feminino de galo. Ela está firmemente convencida de que isso representa um ataque implícito ao comportamento feminino.
“Sugere comportamento sexual ativo, e isso é intolerável numa sociedade misógina. Os maiores xingamentos que uma mulher pode receber têm sempre essa conotação: a do comportamento sexual farto e ativo” escreveu.
“Certamente havia mulheres na sarau e algumas devem ter se sentido mal aos escutar homens cantando com alegria um refrão tão violento” prosseguiu.
Lacombe termina dizendo que precisa fazer “o papel de chata” ao “interromper um momento de alegria, de delírio e de êxtase” para tecer suas críticas.
Thiago Asmar, o jornalista esportivo, reagiu ao texto da colunista, destacando a “lacração”.
“Essa prensa lacradora virou piada pronta. (…) Só por ela [Milly], eu vou trovar a musiquinha com mais vontade”debochou.