Ministro rebate acusações e defende autonomia da Polícia Federalista
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, refutou nesta terça-feira (03) as acusações de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que afirmaram que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estaria conduzindo uma suposta “perseguição” política, direcionando as ações da Polícia Federalista (PF) contra opositores.
Lewandowski considerou as declarações dos senadores Jorge Seif (PL-SC) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ) uma vez que “bastante graves”. Os parlamentares alegaram que investigações e indiciamentos envolvendo aliados de Bolsonaro estariam sendo utilizados uma vez que estratégia para atingir o ex-presidente.
Audiência no Senado e resposta de Lewandowski
As acusações foram levantadas durante uma audiência da Percentagem de Segurança Pública no Senado, onde também foi mencionada a possibilidade de interferência de um ministro do Supremo Tribunal Federalista (STF) no trabalho da Polícia Federalista. No entanto, os senadores não identificaram quem seria o magistrado supostamente envolvido.
Lewandowski reagiu com veemência às declarações, destacando a independência e a primazia da Polícia Federalista. Ele reafirmou que a PF é uma instituição “republicana” e não subordinada a interesses políticos.
“É uma corporação independente, que não é de governo, é de Estado”, afirmou Lewandowski, reiterando a imparcialidade da Polícia Federalista.
Inquéritos técnicos e exiguidade de interferência política
O ministro também enfatizou que os inquéritos conduzidos pela PF seguem critérios técnicos e não possuem “viés político”. Ele descartou qualquer tipo de ingerência por segmento do Supremo Tribunal Federalista, reforçando a autonomia das instituições.
“Um ministro [do STF] não tem nenhuma ingerência. É uma instituição que trabalha de forma totalmente independente. Não tem nenhuma ingerência de ministro do Supremo. E eu, uma vez que ministro do Supremo, nunca admitiria qualquer ingerência”, afirmou Lewandowski, destacando sua postura em resguardo da independência institucional.