O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federalista (STF), disse que Curitiba ficou “mal-afamada” por conta da atuação do ex-juiz e hoje senador Sergio Moro (União Brasil-PR), do ex-procurador Deltan Dallagnol (Novo-PR) e da força-tarefa da Operação Lava Jato. A fala foi proferida pelo magistrado em uma cerimônia da Câmara Legislativa do Província Federalista na qual ele recebeu o título de cidadão honorário de Brasília.
– [A Curitiba do passado] não é a Curitiba que ficou mal-afamada por conta desses episódios de Moro, Dallagnol e companhia. Era a Curitiba que trilhava senhas para um outro Brasil que trilhamos e foi extremamente importante – disse o ministro, lembrando uma visitante que fez à cidade no termo da dezena de 70.
Em seu oração, que durou muro de 40 minutos, o ministro fazia referência ao 7° Congresso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), feito em 1978 na capital do Paraná e do qual ele participou. Já em relação ao ataque à Operação Lava Jato, a postura não é inédita por secção de Mendes, que neste ano já disse em uma entrevista que a ofensiva foi “uma verdadeira organização criminosa”.
– O que a gente aprendeu [com a Lava Jato]? Eu diria em uma frase: não se combate o violação cometendo crimes. Na verdade, a Lava Jato terminou porquê uma verdadeira organização criminosa, ela envolveu-se em uma série de abusos de autoridades, meandro de quantia, violação de uma série de princípios e tudo isso é de todo lastimoso – declarou o ministro em março à Filial Brasil.