Caracas mais uma vez foi palco para denunciar a violência contra o povo palestino. A capital da Venezuela sediou a Conferência Internacional em Solidariedade com a Palestina, que reuniu delegados de 52 países na sexta-feira (29) para discutir e pedir o termo do genocídio promovido por Israel na Tira de Gaza.
Uma das principais convidadas foi a liderança histórica e ex-guerrilheira pela autodeterminação do povo palestino Leila Khaled. Integrante do Comitê Meão da Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP), ela participou da mesa de fechamento do evento ao lado do presidente Nicolás Maduro.
Khaled disse em sua fala que o seu povo não abandonará a terreno e também não será expulso pelos ataques do “grupo de Tel Aviv”.
”Pelo contrário, permaneceremos de pé. A justiça está na luta que estamos travando. Temos que estar alertas porque os sionistas israelenses são uma comunidade muito violenta, para eles não interessa a liberdade”, afirmou.
O director do Executivo venezuelano também esteve no evento. Ele ressaltou os laços históricos entre Venezuela e Palestina, mormente depois da posse do ex-presidente Hugo Chávez em 1999. Chávez colocou a resguardo do povo palestino uma vez que prioritária na agenda da política externa venezuelana e foi o primeiro país latino-americano a reconhecer a soberania do Estado palestino.
Em seu oração, Maduro agradeceu a presença de Leila Khaled e afirmou que “toda a Venezuela é a sua vivenda”. Disse também que a delimitação do território palestino ainda é uma das causas que está sem solução no mundo e que precisa ser posto em tarifa de maneira prioritária pelos organismos multilaterais.
“Se forem revistas as causas das lutas herdadas do século pretérito, para fazer um mundo justo, a pretexto palestina e o seu recta a ser um Estado independente, pleno e justo ficam pendentes. É a pretexto que une a humanidade”, disse.
Ainda em sua fala, Maduro disse que, por ser branco de disputa, Caracas é a “Jerusalém da América do Sul”. O presidente também destacou que há uma guerra cognitiva sendo travada em torno da “disputa pela mente e pela cultura”, que tem as big techs uma vez que principais interessadas.
“É preciso fabricar um novo consenso para fazer mais pela Palestina. Quem controla as comunicações do mundo? Sabemos que estas redes estão unidas para colonizar o nosso país. Nascente poderoso instrumento chega diretamente ao telefone. Não unicamente por pretexto das redes sociais. A lucidez sintético organiza campanhas de guerra de comunicações globais. Eles estão fazendo um massacre cognitivo”, disse.
Também participaram do evento o ministro das Relações Exteriores, Yván Gil, o procurador-geral da República, Tarek William Saab, e o mensageiro da Palestina em Caracas, Fadi Alzaben.
Esse não é o primeiro evento em resguardo do povo palestino realizado em Caracas em 2024. Desde o início dos ataques em Gaza, o governo do país tem articulado um movimento para denunciar as violações ao povo palestino. Em outubro, um ano depois do início dos bombardeios em Gaza, uma série de eventos foram organizados na capital venezuelana para pressionar pelo termo do massacre e expressar solidariedade ao povo venezuelano.
Críticas a Argentina e Israel
Maduro voltou a criticar o presidente da Argentina, Javier Milei. O venezuelano disse que um dos principais agentes dessa guerra é o mandatário prateado, que não só favorece interesses dos Estados Unidos uma vez que também “apoia o bombardeio em Gaza”.
Na semana passada, Milei novamente deu demonstrações públicas de resguardo aos ataques isrelenses na Tira de Gaza. Em nota, ele afirmou que o governo de Benjamin Netanyahu está unicamente “se defendendo” e que é ilegítimo “criminalizar” os atos violentos promovidos por Israel.
“Israel enfrenta agressões brutais, tomada de reféns desumanas e ataques indiscriminados contra a sua população. Criminalizar a legítima resguardo de uma pátria ignorando essas atrocidades é um ato que distorce o espírito da justiça internacional”, disse o expedido.
Em 21 de novembro, o Tribunal Penal Internacional (TPI) de Haia emitiu mandados de prisão para o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Resguardo de Israel Yoav Gallant e o líder do braço armado do Hamas, Mohamed Deif.
Edição: Lucas Estanislau