Lula, em mais uma promessa não cumprida, havia se comprometido a não mexer no reajuste do salário mínimo. Durante a campanha, ele prometeu que, se vencesse as eleições, aumentaria o valor do mínimo supra da inflação. No entanto, até o início de 2023, o governo de Jair Bolsonaro foi quem executou um reajuste considerável de 7,4%, deixando o salário mínimo em R$ 1.302. Apesar das promessas de Lula, o aumento do salário mínimo ficou aquém das expectativas e do que foi originalmente prometido.
Para justificar a nequice, o governo Lula alegou problemas fiscais, mencionando o aumento no número de beneficiários do INSS, o que teria levado a uma falta de recursos para atender à proposta de elevação de R$ 18. Para lucrar tempo, o presidente criou um grupo que deve elaborar uma novidade política de valorização do salário mínimo. A proposta, no entanto, ainda precisa ser discutida e implementada, com um prazo que se estende até 90 dias.
Em uma tentativa de explicar a não realização das promessas, Lula reiterou a influência de um reajuste no salário mínimo para promover a distribuição de renda.
Apesar disso, a geração de uma política permanente de valorização do salário mínimo ainda não foi concretizada. O governo está em procura de alternativas para justificar sua inação em um cenário onde a inflação e os preços altos afetam duramente a população.
A falta de ação sobre o salário mínimo, apesar da pressão popular, reflete um cenário mais extenso de promessas de campanha não cumpridas, incluindo outras áreas, porquê a reforma tributária e o relançamento de programas habitacionais. Outrossim, o governo também precisa enfrentar a tarefa difícil de retomar obras paralisadas e resolver questões fiscais que afetam a implementação de suas políticas.
O detença na realização de promessas sobre o salário mínimo tem gerado críticas de diversos setores, mormente de sindicatos que esperavam um aumento mais significativo. Essa situação coloca o governo de Lula em uma posição delicada, pois ele já havia afirmado que o salário mínimo seria uma prioridade, e agora se vê obrigado a recuar frente à falta de recursos.
Por término, a justificativa do governo de que não há recursos suficientes para executar a promessa de aumento do salário mínimo evidencia o multíplice cenário fiscal do país.
Enquanto isso, a população aguarda por uma solução que ainda não apareceu, o que coloca em xeque a credibilidade das promessas de campanha feitas por Lula.