O lançamento de muro de 200 mísseis balísticos por secção do Irã foi necessário “para restaurar a dissuasão”, disse nesta quarta-feira (2) o mensageiro do Irã, Amir Saeed Iravani, no Parecer de Segurança da ONU – que realizou uma reunião de emergência para discutir a escalada do conflito no Oriente Médio.
O país está prestes para tomar “medidas defensivas para proteger sua integridade territorial” caso Israel retalie, acrescentou o representante iraniano.
“Todo ato de agressão não pode permanecer impune. Esse é o dispêndio que esse regime deve arcar”, disse Iravani, referindo-se ao governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Iravani afirmou que o Irã atacou alvos militares e de segurança “em totalidade conformidade com seu recta de autodefesa” em seguida os repetidos ataques de Israel que violaram a integridade territorial do país e defendeu que Israel também violou a soberania do Irã ao matar o líder do Hamas, Haniyeh, guerrear o consulado iraniano em Damasco e matar um mentor militar iraniano no Líbano. “Todos os principais fatos que demonstraram claramente a autodefesa do Irã”, acrescentou.
O presidente do Irã, Masud Pezeshkian, afirmou nesta quarta-feira (2) que “não procura a guerra”, mas prometeu uma resposta “mais poderoso” caso Israel reaja ao ataque com mísseis lançado por Teerã.
Se Israel “quiser reagir, vamos lançar uma resposta mais poderoso”, afirmou Pezeshkian em uma coletiva de prensa durante uma visitante ao Procurar, acrescentando que seu país “não procura a guerra”. “Os objetivos sinistros da entidade sionista visam a desestabilizar a região. Devemos trabalhar juntos para distanciar a região de tudo isso.”
O Emir do Procurar, Tamim bin Hamad al-Thani, afirmou que os ataques de Israel “colocam toda a região à extremidade do caos e ampliam o círculo de violência em um momento em que o Procurar está conclamando a comunidade internacional a assumir sua responsabilidade, agindo para pressionar Israel a pôr termo à sua agressão maliciosa à Fita de Gaza e ao Líbano”.
O primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, disse que oriente é o momento para o país se unir, acrescentando que o tropa está pronto para fazer sua secção para prometer que a solução 1701 das Nações Unidas, utilizada na guerra entre Israel e o Líbano em 2006 para prometer o cessar-fogo, seja aplicada.
Essa não é a primeira vez que Mikati faz o apelo, dada a situação humanitária no país. O coordenador humanitário da ONU para o Líbano, Imran Riza, lançou um apelo de US$ 426 milhões (R$ 2,3 bi) na terça-feira para ajudar os civis afetados pela escalada do conflito. Há 1,5 milhão de refugiados sírios no país, 500 milénio palestinos e agora mais de um milhão de pessoas deslocadas internamente.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta quarta-feira (2) que não apoiaria um ataque israelense a instalações nucleares iranianas, um dia depois de Teerã ter lançado quase 200 mísseis contra Israel
“A resposta é não”, disse Biden a jornalistas quando questionado se apoiaria um ataque desse tipo. “Os sete (do G7) concordamos que eles têm o recta de responder, mas devem fazê-lo de maneira proporcional”, acrescentou.
O G7 inclui os EUA, o Canadá, a Alemanha, a França, a Itália, o Japão e o Reino Uno.
*Com Al Jazeera e AFP
Edição: Leandro Melito
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